O Ford Mustang GT500 é um dos ícones mais marcantes da história dos muscle cars. Tudo começou nos anos 1960, quando Carroll Shelby, um ex-piloto e preparador de carros, resolveu pegar o Mustang e transformá-lo em uma máquina ainda mais feroz.

A criação do GT500

Em 1967, a Shelby American apresentou o primeiro Mustang GT500. Diferente do GT350, que usava um motor menor e mais voltado para pistas, o GT500 veio com um V8 428 Police Interceptor, um motor grande e robusto, emprestado da linha Ford Galaxie. Esse motor era um 7.0 litros que entregava oficialmente 355 cv, embora muitos especialistas acreditassem que a potência real passava dos 400 cv.

Além do motor mais potente, o design também mudou. O GT500 ganhou um capô mais longo com entradas de ar, faróis auxiliares na grade frontal e uma traseira mais agressiva. Era um carro que impunha respeito tanto na estrada quanto nas pistas.

Evolução nos anos 1970 e 1980

O Mustang GT500 saiu de cena em 1970, quando a Ford e a Shelby encerraram a parceria. Nos anos seguintes, o Mustang passou por várias mudanças, ficando menor e menos potente devido à crise do petróleo e às novas regulamentações de emissões.

O renascimento nos anos 2000

Após décadas sem um GT500 oficial, a Ford decidiu trazer o nome de volta em 2007, desta vez com um motor V8 5.4 litros supercharged de 500 cv. Esse modelo foi um sucesso e marcou a volta do Mustang como um verdadeiro muscle car de alta performance.

Em 2013, o GT500 ficou ainda mais brutal com um V8 5.8 litros supercharged de 662 cv, tornando-se o Mustang mais potente até então. Esse modelo conseguia passar dos 320 km/h, algo impressionante para um carro de produção em série.

A era moderna

O GT500 atual, lançado em 2020, trouxe o motor mais potente já colocado em um Mustang de fábrica: um V8 5.2 litros supercharged que entrega 760 cv. Esse motor, chamado Predator, é acoplado a um câmbio automatizado de dupla embreagem de sete marchas, garantindo trocas rápidas e um desempenho digno de supercarros.

No design, o modelo segue agressivo, com uma grade enorme para resfriar o motor, aerodinâmica refinada e uma asa traseira funcional. Ele continua sendo um carro para quem quer potência bruta, mas agora com mais tecnologia e dirigibilidade refinada.